quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mostra audiovisual infanto juvenil indígena

Expandir os horizontes e formar novos olhares para o cinema baiano e brasileiro a partir da sua interação com a cultura indígena e a da inserção em territórios marcados por tradições, lutas e diversidades – é neste caminho de troca e interação que o Cine Kurumin - Mostra e Oficinas de Realização Audiovisual e Edição de vídeo em Software Livre, percorre as aldeias indígenas Tupinambá, Pataxó e Tumbalalá, entre 28 de janeiro e 22 de fevereiro de 2011.

A curadoria dos filmes é voltada para a exibição de produções do cinema baiano e nacional, focada no público infanto-juvenil das aldeias. O Cine Kurumin privilegia, em sua programação, além das produções de realizadores baianos, a interação com inciativas públicas de circulação de conteúdo audiovisual. Tem destaque, na curadoria, o filme Trampolim do Forte, do diretor baiano João Rodrigo Mattos, que acaba de ser lançado em Salvador; o documentário de Eryc Rocha, Pachamama, sobre as questões indígenas na América Latina. Além das animações, com o longa francês Kirikou e a Feiticeirae outros títulos interessantes como Pajerama, Boi Aruá e Miúda e o guarda-chuva.

As mostras e oficinas do Cine Kurumin começam no Litoral Sul da Bahia na Aldeia Tupinambá (28 de janeiro a 01 de fevereiro), seguem para o Extremo Sul, na Aldeia Pataxó (05 a 09 de fevereiro), finalizando a sua primeira edição na Aldeia Tumbalalá (18 a 22 de fevereiro), às margens do Rio São Francisco, no norte do Estado. Ao todo serão 15 dias de exibições de filmes e oficinas de audiovisual com a produção de um vídeo em cada aldeia, de norte a sul da Bahia.

Apresentando um diálogo criativo e interativo entre comunidades indígenas e a experiência audiovisual, o cinema, a arte e a ancestralidade, o Cine Kurumin, realiza um diálogo entre a apropriação crítica e criativa do audiovisual, a autonomia dos povos indígenas e busca garantir o acesso aos bens culturais e artísticos com pouca ou nenhuma circulação nessas comunidades. Quando esta interação torna-se possível a troca mostra-se rica no diálogo entre realidades e maneiras de conhecer o mundo.

A percepção da tecnologia no cotidiano das populações das comunidades indígenas, são diversas e, muitas vezes, contrárias à perspectiva histórica e cultural que vem sendo, de alguma forma, naturalizada como parte da vida social, sem um questionamento da forma de interação, do entendimento de como funcionam e de que papel cumprem nas relações sociais. Para os povos indígenas, há sempre a necessidade de articular o presente e o passado e buscar explicações a partir de sua história e de seu universo simbólico. O Cine Kurumin, dialoga com esse universo a partir do audiovisual e do estímulo criativo á produção audiovisual.

O f i c i n a s

Realização audiovisual
Pensar a produção audiovisual como algo acessível e possível de fazer em comunidades indígenas aplicando a prática, a teoria, e as vivencias em aldeias, em realizações audiouvisuais com identidade cultural legítima e qualidade técnica para reprodução e distribuição dos conteúdos em redes.

Edição de vídeo
Apresentação das fases de produção videográfica, planejamento e pré produção, execução e pós produção. Roteiro, linguagem de vídeo, roteiro de edição. Edição e pós-produção. Experimentação audiovisual digital com montagens, clips, celumetragem, editados como pequenos e leves arquivos de qualidade para circular na rede.

Cine Kurumin

Mostra audiovisual infanto juvenil indígena

O n d e

Aldeia Tupinambá / Oca Comunitária Itapuã / Ilhéus, Olivença, Bahia

Aldeia Pataxó /Escola Indígena Pataxó de Coroa Vermelha / Santa Cruz Cabrália, Bahia

Aldeia Tumbalalá / Comunidade Pambu / Abaré, Bahia

Q u a n d o

28 de janeiro a 22 de fevereiro

Tupinambá – 28 de janeiro a 01 de fevereiro
Pataxó – 05 a 09 de fevereiro
Tumbalalá – 18 a 22 de fevereiro

G r a t u i t o !


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